Quanto de liberdade existe nesse choro?
Calado, colado entre dentes.
Arde como chuva, chove.
Tritura gás na existência da mente.
Me remonte. Estou, enfim, aos cacos.
Rasgando a carne sobre os ossos.
Me refazendo ao sangue como arte.
Pintando-me de homem. Sou. Instante.
A metade de uma parte.
Roguei que o frio de ontem,
Fosse fogo como hoje foi.
Quero que incendeie tudo ao entardecer.
Uma ordem para terminar o que começou.
Mostrar que a "parte da arte" é vestígio sofrido de clamor.
Ao abrir os olhos estáticos.
Era evidente que a lucidez havia escapado.
Loucura. Uma corda com loucos laços.
Lúcido entre memórias de um jovem enforcado.
Fábio Pinheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário