quinta-feira, 12 de março de 2015

Meu apelido é Loucura.



Quanto de liberdade existe nesse choro? 
Calado, colado entre dentes.
Arde como chuva, chove. 
Tritura gás na existência da mente.

Me remonte. Estou, enfim, aos cacos.
Rasgando a carne sobre os ossos.
Me refazendo ao sangue como arte.
Pintando-me de homem. Sou. Instante.
A metade de uma parte.

Roguei que o frio de ontem,
Fosse fogo como hoje foi.
Quero que incendeie tudo ao entardecer. 
Uma ordem para terminar o que começou.
Mostrar que a "parte da arte" é vestígio sofrido de clamor.

Ao abrir os olhos estáticos.
Era evidente que a lucidez havia escapado. 
Loucura. Uma corda com loucos laços.
Lúcido entre memórias de um jovem enforcado.  


                                                                                                                                 Fábio Pinheiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário