domingo, 23 de março de 2014

Sete caixas.


Sua boca me acalmava.
Sua mão me acalentava.
Enquanto o dia sorria.

Tudo era paz.
No sexo sagaz.
Em seu pleno momento de vadia.

Não existia forma.
Só os resquícios no vidro do carro.
Uma vodka aberta.
Dois tragos em seu fino cigarro.

O sol era um refletor.
Nossos corpos desnudos.
Câmeras assíduas em um
singelo filme amador.

Na cabine.
Me domine.
Me deixe sublime.
Tirando a minha vergonha,
meu pudor,com dor,
o meu amor.

Seu olhar no meu.
Suas mãos na minha.
Um tímido menino.
Sete caixas de camisinha.      
                                                                                                                               Fábio Pinheiro.