Ninguém fica,
talvez pelas métricas repetidas.
lágrimas congeladas em memória plásticas,
que hoje se encontram derretidas.
Olheiras cansadas da rotina.
Cuecas no chão do quarto
Seis pares de sapato
Pausas entre luzes e adrenalinas
lê e-mails,
Entra em cafeterias para não tomar café.
Posso lhes contar que aprendeu a rezar
Em vigília, religioso, não possui fé.
Gritou para ganhar piedade.
Se desfez em três.
para ouvir de si o perdão,
rasgou-se entre palhetas
e embarcou no avião.
Fábio Pinheiro