De beijar todas as bocas que não beijei
Amar para além do amor que já amei
Ser o que eu sempre quis, acordar com a Alice em seu estranho país.
Me prometi menos dos trinta
Asseguro em métricas que desbotam em fresca e clara tinta
Viver como os espelhos que transei, dois dedos na boca, sal ou siciliano com Tanqueray.
É quase meia noite no meu coração
E quem saberia dizer se eu sou o mocinho ou o vilão?
A claridade já não bate em meus olhos as seis da manhã, eu quero ser lucido, entorpecidamente sã.
Então estarei pronto para começar
Ser tudo o que jamais pude para poder ser o que poderia me despedaçar
Eu estou pronto porque eu sou um projeto, orgânico entre artifícios-luzes e concreto.
Fábio Pinheiro