segunda-feira, 4 de abril de 2016

FelizCidade.


Alegro-me por liberdade ainda ser;
a força, jeito, vitrine emoldurada,
vivo-morto, e cinco
maneiras de adoecer. 

De novas ideias pintadas com o corpo,
tela branca, colorida que pinto, choro e alegre
me desmonto.

Sempre fui sonho, hoje sou, não sou,
não sei.
Meus olhos já se fecharam, arregalados, 
para livremente morto, morrer.

Acorda cedo, estuda, mudo, muda, ligo
desligo, sou arte, peça, o infinito de um livro não lido.
Covarde da minha parte, talvez.

E não retiraria de mim tal utopia, já que de morto-vivo 
sou dança, sou exito, sou sexo, sou álcool, sou poesia. 
posso ainda vestir o que não vestia, mas se verdade tem,
dentro da aridez dos meus olhos há sertão aonde a chuva corria. 

Fábio Pinheiro.



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