quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Eu tenho dualidade.


Não sei ao certo se um dia morrerei sorrindo ou tentando. Se as crônicas permanecerão estáticas, como se tudo dissesse para ter fim. Entre gritos e sussurros eu me torno inconstante, inconsciente. A respiração deixa de ser sobrevivência e passa a ser movimentação. Meu corpo da existência à alienação. Conglomerados de sentimentos e pensamentos que me tiram da óptica humana: “Prazer, meu nome é bicho”. Sou tão orgânico quanto o bife do meu prato. Sou tão eficiente quanta a melancia e seus caroços. E, sem cautela alguma, posso afirmar que sou gente. Com sentimentos, ou sem eles. Com pensamentos ou não. Sou humanamente animal, sou morte como todos. Sou ciclo porque sou todos eles, sou único. Diferencia-me porque não sou único. Me marque, me corte, me maltrate para que eu seja,  não seja. Desfigure-me para a plenitude. A homogeneização. 


Fábio Pinheiro.  

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