quinta-feira, 9 de maio de 2024

O sétimo.

 


Uma linda caminhada. 

Esquecendo dos passos tortos que dei. 

Pontuando todos os homens que tive no peito 

todos aqueles que um dia amei. 


O primeiro. 

Doce em vil desconstrução. 

Foi apaixonante conhecer-te em novo mundo.

Ler em novos caminhos, fogosos beijos de aflição. 

Zeca Baleiro em triste canção. 


O segundo.

Não combinava com nada do que eu queria. 

E o que eu queria?

Gozar em banheiros com louças e prataria.


O terceiro. 

A minha famosa cinderla.

Ela era eu. Ela foi melhor que eu. 

Não houve nada que poderia ser feito.

Descontrolado por tudo, perdido perdeu. 


O quarto. 

Me desconsertou porque me mostrou tudo. 

Você foi erradamente o que eu precisava. 

Ego em dias de chuva dourada. 


O quinto. 

Com o seu perfume me tirou a insanidade.

Ele era prata em bela vaidade.

Espelho doce em cretina sedução.

Você foi o fogo que me queimou em inverno sem estação.


O sexto. 

Tabelado em 2 comprimidos de paz.

Foi a minha guerra quando no fundo nada era.

Recontrução e destruição de mim mesmo 

para agora viver. 



    Fábio Pinheiro 



domingo, 10 de março de 2024

Eu não estou pronto.




É como se eu não soubesse recomeçar. 
Me viciei em você para desviciar.
E agora, como amarei sem o seu Bleu do mar? 

Entre ritmos desalinhados eu vou ter que seguir sozinho. 
Esperar entre corpos, silenciosos, Cabernet 
em linho, três ou quatro taças de vinho. 

Desvendar os meus próprios mistérios,  
Segurar em mim toda a solidão, todo amor que,
Loucamente está pronto para morrer em vão. 

Não pensei que você caberia um dia aqui.
Impensável imaginar que o meu futuro seria sem o azul marinho. 
Sem você, sem Bleu ou qualquer taça amarga de vinho. 

Cansado demais para levantar, começar, recomeçar. 
Eu fui capiturado em uma armadilha: amar te amar. 
Um cigarro, três ou quatro meninos e a arte de gozar. 


Fábio Pinheiro 


sábado, 17 de fevereiro de 2024

Eu inventei você




Sinto-me tão entorpecido que não sei mais escrever. 
Talvez você já tenha me matado, 
Louco em janelas de "quase amado"
Eu inventei inventando de livre viver. 


quinta-feira, 20 de julho de 2023